No breve número de doze meses
o ano passa
e breve são os anos,
pouco a vida dura.
Que são doze ou sessenta na floresta
dos números
e quanto pouco falta
para o fim do futuro!
Dois terços já, tão rápido,
do curso
que me é imposto correr descendo,
passo.
Apresso e breve acabo.
Poesia de Ricardo Reis - Fernando Pessoa
um amigo, ja quas enos 80, mandou-me esta, ontem:
ResponderExcluir"a vida está passando depressa demais. mal tomo um café da manhã, já tenho que tomar outro café da manhã. depois de uma certa idade, encurtam-se os intervalos entre os cafés da manhã'.
Acho que o curso da vida é o mesmo, nós, depois de "uma certa idade" é que passamos a observá-la com mais atenção,
Excluirnão é não?
:)
num sei não...
Excluirto naquela fase de fingir que não vejo.
que não sinto.
aquela fase do fingidor, aquele do poema de pessoa...
isso de ser fingidor como no poema de pessoa é mesmo
Excluircom os poetas, poeta! pois pra mim é uma coisa muito difícil, isso de fingir que não vejo, que não sinto, meu
corpo sempre me pega na esparrela, e aí, não tem jeito:
dói na pele, dói no osso, dói no imo, e não consigo esconder :)
Demais. Toda a legião do Pessoa é demais.
ResponderExcluirConcordo contigo, Fred!
ExcluirÉ verdade. Às vezes o fim do futuro se inicia diariamente quando as pessoas, por alguma razão, estão distantes do que trás sentido ao dia.
ResponderExcluirUm abraço!
É verdade, Renato, o "futuro" é hoje e passa rápido!
Excluirum abraço, e obrigada pela leitura
a vida dói, cirandeira.
ResponderExcluiràs vezes à dois.
ô, vejo a foto da lagoa azul (do portinho, aí em cima, no blog) e diante da imagem do coqueiro me vem a pergunta:
porque são caiados os coqueiros?
os coqueiros e os sepulcros.
por que???
e como dói, roberto!
Excluiros coqueiros recebem uma mão de cal para evitar o ataque
de parasitas e fungos; quanto aos sepulcros, nem todos são caiados, muitos deles são verdadeiros templos, com obras de arte talhadas no mármore; os que são caiados recebem a mão de cal apenas para não se transformarem num monte areia :)
beijo
Pessoa é e será sempre pessoa...
ResponderExcluirBeijos, Ci
Que em tu, Ci, não consigo fingir que não vejo e que não sinto; ao contrário, vejo mais e dói mais. Isso é o que o tempo faz.
ResponderExcluirBeijos,
Pois é, Tânia, o tempo é tão bifurcante: ora nos ensina a ter paciência e alivia um pouco nossas dores, ora cavuca
Excluirnossas feridas até sangrar, a ver se extirpa o "olho do furúnculo", mas às vezes o sangrar pode virar uma hemorragia. Não sei, só sei que o tempo é irreversível!
beijos
Uma vida só é pouco. Cirandeira, a propósito, aceite meu convite e venha ver o texto de número 292 de minha literatura amadora. >>> HEMATÓFAGO no http://jefhcardoso.blogspot.com lhe espera. Abraço!
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