Meu caro Manuel, tenho água para dar às galinhas, mas disseram-me que as galinhas bebem pouco.
Tenho também alguns grãos para dar aos porcos, mas disseram-me que os porcos muito comem, e eu trago um cesto pequeno, um cesto onde os meus filhos guardavam brinquedos.
Meu caro Manuel, trago o calendário do sol e de mais sete planetas, mas dizem-me que há sempre outros que surgem, e que modificam as contas.
Acordo com o galo, lavo-me com a água, amo com a mulher, adormeço na cama, morrerei com um livro.
GONÇALO M. TAVARES, em Biblioteca - Casa da Palavra Produção Editorial - (Angola, 1970-)
Nossa!!!!
ResponderExcluirBeijos, Ci
Lindérrimo poema, e cá pra nós, esse galo é uma parada! Meu beijo.
ResponderExcluirPodes crer, Jota Effe!!!
ExcluirObrigada pela visita.
beijo
Galinhas bebem pouco, porcos muito comem e Gonçalo fala com Bandeira a linguagem dos poetas... Beijo
ResponderExcluirmorrer com um livro é morrer com um amigo
ResponderExcluirbeijos, Ci :)
E que amigo, não é?
Excluirbeijos, Lê
Obrigada Morgan, o blog é coletivo, seja bem-vindo!
ResponderExcluirAssim que puder farei uma visita ao seu blog :)
um abraço