Van Gogh
O soluço como um sapato
na porta. Ou o sapato
como um soluço no pé.
E não sei mais soluçar,
porque os sapatos
apertam os soluços.
E o universo não é
do tamanho da dor.
A dor é universo.
A dor é um sapato
que não cabe.
Carlos Nejar, em Fúria Azul - Antielegias - Ateliê Editorial
A dor é uma pedra no sapatp que só acaba quando lhe danmos um chuto...
ResponderExcluirNunca tinha lido nada do poeta, mas gostei.
Beijo, querida amiga.
Às vezes nem com um chute...:)
Excluirbeijo
Ci, esse Nejar é bom demais, viu? Já estou com coceira pra ler mais e mais...Culpa sua! :-)
ResponderExcluirBeijos,
Tânia, sabias que ele é pai do Fabrício Carpinejar?
ExcluirFilho de peixe...!
Gosto de carregar essa "culpa" :)
beijoss
Não sabia, menina!!!!! Explica, né? E quanto à culpa...gosto quando você provoca...:-)
ExcluirBeijos,
Poema perfeição, esse.
ResponderExcluirAcho que já li alguma coisa dele, é sempre um achado.
Beijo beijo.
Temos muitos "achados" em nossa literatura, não é, Dade?
Excluirbeijo beijo :)
A dor é um sapato que não cabe em pé pequeno...
ResponderExcluirParabéns, Tania
Aqui é um post da Cirandeira, AC...mas pode chaá-la de Tânia que ela não se importa e eu adoraria se fosse ele! :-)
ExcluirBeijos
É isso aí, Tânia, a postagem foi feita por mim, mas é tua, é dele, dela, deles, é de todos, é de todas nós!
Excluir"E viva eu, viva tu, viva o rabo do tatu", já dizia aquele famoso psicanalista Roberto Freire, que infelizmente já se foi...!
Beijos pra ti e para o AC Rangel!!!
a dor, o passado...
ResponderExcluirestes sapatos não nos servem mais.
beijão,
r.
Roberto, existem certos sapatos novos que incomodam tanto,
Excluiralguns até provocam feridas, calos tipo "olho de peixe" :)
já o passado, ele vai e volta, vai e volta e não há como apagá-lo, né não?
beijão