terça-feira, 19 de junho de 2012

Reenlace




Noite dessas
em que a lua multiplica sombras
e com sua luz mais viva
faz voar a casa
repetida
entre penumbras e contornos luminosos
recomeçou a história
de nossa vida.

A lâmina daquela dor
antes tão fina
reduplicada e agora descoberta
desfez-se em musgo no chão do jardim.
As mãos antes vazias
se detiveram tépidas de enlaces
e as bocas navegaram seus abismos.
O mundo ermo de agora
trouxe de volta o pavor e a delícia.

Sobre as lembranças do corpo
as novas silhuetas confirmadas.


 Imagem sem menção de autor.

2 comentários:

  1. Oh, que poema tão cheio de curvas, feminino, sedutor :)
    Tão bonito.

    ResponderExcluir
  2. Adoro sua poesia, Dade! Mas este poema me disse tanto que não sobrou espaço para abismo.

    Beijos

    Mirze

    ResponderExcluir