“O puro valor da palavra está na poesia. Por isso é sempre considerada mercadoria difícil. Poesia não vende é um dos mandamentos do decálogo mínimo de qualquer editor sensato. Pois não vende mesmo. O destino da poesia é ser outra coisa, além ou aquém da mercadoria no mercado. Mal obram e mal pensam aqueles que reclamam da resistência em publicar poesia. Deveriam mais é ficar alegres. A poesia, afinal, é a última trincheira onde a arte se defende das tentações de virar ornamento e mercadoria, tentação a que tantas artes sucumbiram prazerosamente.
Então, poesia pra quê?
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- Felizmente pra nada.
Servir pra quê? Num mundo em que tudo serve para alguma coisa e assim dar lucro, fundamental que algumas não sirvam pra nada”.
sem poesia, a vida é um sorvete de baunilha, cirandeira.
ResponderExcluirbeijão do
r.