sábado, 22 de janeiro de 2011

Esvair-se Transbordando


Das narinas nasceram ramagens que lhe percorriam o corpo frígido,
envolvendo-o completamente num casulo esverdeado e fétido.
Da boca vertiam vermes como se fossem alimentos, que dela se alimentavam.
Vermes talhavam seu belo rosto que beijado fora noutros dias tão brandos.
Nos olhos nenhuma vida,
Nenhuma luz.

Dos pulsos duas fendas verticais por onde expulsara-lhe a vida.
Nos ouvidos apenas o silêncio e o princípio de gemidos distantes a se aproximarem.
Em sua genitália nem mais a vivacidade da cordial jovialidade.
No peito um coração esvaído de toda vontade, angustiado e reduzido
entre o primeiro e o ultimo pulsar.
Na mão direita um bilhete interrompido por um adeus.
No chão um tapete de confetes colorindo e alegrando a cena.
Na esquerda, uma aliança pende da mão repousada nas paredes gélidas de uma banheira branca ensangüentada
e inundada de vida.

Alexandre Pedro

***Este poema tem seus DIREITOS AUTORAIS registrados na Biblioteca Nacional. Reprodução somente possível com pré autorização do autor, Alexandre N. Pedro.
http://www.bn.br/portal/index.jsp?plugin=FbnBuscaEDA&radio=CpfCnpj&codPer=15918944842

4 comentários:

  1. o pendor dramático do poema é bastante denso, dado o recurso semânticos a áreas vocabulares transfiguradas que produzem efeitos visuais (e não só) absolutamente surrealistas.

    Criatividade em "carne-viva"

    L.B.

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  2. Lídia,
    Adorei suas palavras, fiquei sem as minhas diante das suas.
    Obrigado pelo carinho!
    Se puder, vá conhecer meu Cárcere. É simples, mas vou adorar recebê-la.
    http://carceredoser.blogspot.com/
    Beijo

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  3. me fascinó la fotografía!!!

    (no puedo entender muy bien el poema)

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  4. Exudado transbordado

    Nacido ramas de las fosas nasales, que vagaban por el cuerpo frío,
    visual para sumergirte en un capullo de verde y fétido.
    La boca como si fueran derramamiento de alimentos gusano, que se lo comió.
    Vermes albañiles que besó a cabo hermoso rostro en otros días tan suave.
    En los ojos hay vida,
    No hay luz.

    Los pulsos de dos ranuras verticales a través del cual lo expulsaron de su vida.
    Escuchamos sólo el silencio y el principio de distantes gemidos cada vez más cerca.
    En sus genitales más o viveza de jovialidad cordial.
    En el pecho de un corazón desaparecido todos, dificultades y la reducción de
    entre el pulso y el apellido.
    En la mano derecha rota por un adiós billete.
    En el suelo una alfombra de papel picado color y brillo de la escena.
    A la izquierda, una mano apoyada alianza se cuelga en las paredes de un baño de sangre helada blanca
    e inundó con la vida.

    Alexandre Pedro
    http://carceredoser.blogspot.com/

    Gracias, gracias!!!

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