O coração do poeta...
O coração do poeta tem bordas flácidas.
Ele derrama, vaza, descamba.
O coração do poeta tem perna bamba.
Constituição frágil e congênita.
Não adianta querer vitaminá-lo,
Pois seu tônus se refaz nos frêmitos
Das chegadas e dos abandonos,
O melhor é deixar-se amar
E, se possível, não deixar de amá-lo.
Ana Cristina César
Gosto muito, Ci! Bela escolha...Beijos
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