ETERNIDADE
ELE REVIU-SE:
não era mais
nem corpo
nem sombra
nem escombros.
Como foi isso?
Tudo irreal:
um barco
sem mar
a boiar.
Ele sentiu-se:
recomeçava.
Vivera
morrendo
numa estrela.
Ele despiu-se
de quê
De tudo
que amara.
Surdo-mudo
cegara.
Agora vê.
Um belo poema de amor.
ResponderExcluirEstou apaixonada pelo Jorge de Lima :)
Excluirtanta cegueira para ver-se nu,
ResponderExcluirbeijoo
Assis, que boa frase a sua!!
Excluirbeijoss
Reve-se... para além do corpo!
ResponderExcluirA eternidade de uma alma!
Lindo!
um anjo
Para além do corpo!
ExcluirBem colocado, Angel :)
Sabe que o primeiro livro "adulto" que li foi a Vida de Francisco de Assis do Jorge de Lima, aos oito anos de idade? Grande poeta.
ResponderExcluirBeijo.
Marcantonio
ExcluirEstou em uma fase de enorme encantamento pelo JL.
Eu quase não o conhecia.
É moderno, ácido, sensível.
E muito muito realista e inteligente.
beijoss
ps. Começou bem! :)