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não é trágico: é atroz. Uma ruína
fúnebre cai sobre os
poetas que o amor captura
sem que orientação ou identidade poética
interessem. O amor leva ao desastre completo
da uniformidade os poetas gays,
os poetas panssexuais e bissextos,
as poetas e poetisas feministas, fementidas ou honestas;
os obcecados pelo gênero e
os degenerados em geral e os polimorfos perversos:
e até os fetichistas dos pés
de verso cedem sob as plantas do amor,
que não distingue ideologia,
programa ou poética. Aos vates da torre de marfim,
lança-os do penthouse ebúrneo para o térreo. Aos apóstolos
do Zeitgeist, que proclamam sem inibição que a lírica está morta,
permite que insistam em seu equívoco
e em suas bachareladas prolixas. Produz uma hemorragia palatal
nos que arqueiam parcos aforismos oblíquos,
como nos herméticos de latão, nos que engarrafam
seus versos para o vazio, nos falsários do silêncio,
e nos que forjam haikais lusófonos
à moda itálica. Nos puristas da voz corta em seco
os lamúrios doces, e quebra as falanges
dos maníacos do ritmo, estraga
o metrônomo íntimo que carregam junto ao coração
para marcar a batida de seus versos. Domestica o sensorial
nos videntes e malditos e demais
rebeldes e insurretos sem razão
ou causa poética, cura o desregramento racional
de todos os sentidos. Desaloja de sua noite escura
os que pedem luz para o poema
nas cavernas do sentido, e os devolve sem escala
para o tresnoitar da carne literal. O que o amor
causa nos poetas, com paciência e mansidão,
enquanto as borboletas lentamente ulceram seus estômagos
e pouco a pouco o pâncreas deixa de funcionar,
é bastante inconveniente. Aos que buscam com afinco
e precisão cirúrgica a palavra justa, arruína
seus pulsos, e em vez de doar vida, aniquilam-na em sua ânsia.
E nos que perseguem com ardor e devoção
um absoluto no poema, como um graal
todo de luz, tesa, diáfana e febril,
nubla suas certezas e mesmo o desejo
de saciar sua ansiedade. O que o amor
causa nos poetas, desavisadamente,
enquanto costuram e cantam e se empanturram de perdizes, é agudo, terminal
e fulminante. É um torrencial avassalador
de prosa, que esporeia e multiplica, em progressão exponencial,
os estúpidos e toscos da poesia:
os que cortam sem motivo seus versos diminutos;
os jóqueis compulsivos que os encavalam;
os designers tipográficos do verso;
os que partem a sintaxe sem saber torcê-la;
os que fazem escavações no
éter em busca de inauditos neologismos inaudíveis;
os modernos sem pretexto; os que creem descobrir
a pólvora em seus versos balbuciantes;
os contestatários automáticos e os poetas-pornô;
os que semeiam grandes nomes pela densa
fronde de seus poemas, como Joãozinho e Maria jogavam
migalhas; os que erguem em sua voz
ausente as caretas de uma infância lobotomizada;
os poetas bonitos e felizes, teimosos;
as tribos urbanas e os groupies da poesia adolescente;
os poetas pop e os rock stars do verso; os videopoetas e performers;
os ovni-poetas, alados ou rastejantes, identificados;
os objetivistas sem objeto
nem vista; os que exigem que o poema
vista-se de mendigo; os poetas filósofos;
e os cultores convictos
da “prosa poética”. O amor,
que movimenta o sol e os demais poetas,
leva-os até o derradeiro paroxismo: transforma-os
em terra, em fumaça, em sombra, em pó, etcétera:
em pó enamorado. E se acontece
ainda que dentre eles
amem-se amorosos os poetas pares,
felizes em seu amor solar sem escansão,
como se fossem na verdade, um para o outro,
um buraco negro de opiniões nebulosas,
palmadinhas tácitas nas costas e comentários de passagem,
anões, esfriando-se, absorvem-se mutuamente
e desaparecem.
interessem. O amor leva ao desastre completo
da uniformidade os poetas gays,
os poetas panssexuais e bissextos,
as poetas e poetisas feministas, fementidas ou honestas;
os obcecados pelo gênero e
os degenerados em geral e os polimorfos perversos:
e até os fetichistas dos pés
de verso cedem sob as plantas do amor,
que não distingue ideologia,
programa ou poética. Aos vates da torre de marfim,
lança-os do penthouse ebúrneo para o térreo. Aos apóstolos
do Zeitgeist, que proclamam sem inibição que a lírica está morta,
permite que insistam em seu equívoco
e em suas bachareladas prolixas. Produz uma hemorragia palatal
nos que arqueiam parcos aforismos oblíquos,
como nos herméticos de latão, nos que engarrafam
seus versos para o vazio, nos falsários do silêncio,
e nos que forjam haikais lusófonos
à moda itálica. Nos puristas da voz corta em seco
os lamúrios doces, e quebra as falanges
dos maníacos do ritmo, estraga
o metrônomo íntimo que carregam junto ao coração
para marcar a batida de seus versos. Domestica o sensorial
nos videntes e malditos e demais
rebeldes e insurretos sem razão
ou causa poética, cura o desregramento racional
de todos os sentidos. Desaloja de sua noite escura
os que pedem luz para o poema
nas cavernas do sentido, e os devolve sem escala
para o tresnoitar da carne literal. O que o amor
causa nos poetas, com paciência e mansidão,
enquanto as borboletas lentamente ulceram seus estômagos
e pouco a pouco o pâncreas deixa de funcionar,
é bastante inconveniente. Aos que buscam com afinco
e precisão cirúrgica a palavra justa, arruína
seus pulsos, e em vez de doar vida, aniquilam-na em sua ânsia.
E nos que perseguem com ardor e devoção
um absoluto no poema, como um graal
todo de luz, tesa, diáfana e febril,
nubla suas certezas e mesmo o desejo
de saciar sua ansiedade. O que o amor
causa nos poetas, desavisadamente,
enquanto costuram e cantam e se empanturram de perdizes, é agudo, terminal
e fulminante. É um torrencial avassalador
de prosa, que esporeia e multiplica, em progressão exponencial,
os estúpidos e toscos da poesia:
os que cortam sem motivo seus versos diminutos;
os jóqueis compulsivos que os encavalam;
os designers tipográficos do verso;
os que partem a sintaxe sem saber torcê-la;
os que fazem escavações no
éter em busca de inauditos neologismos inaudíveis;
os modernos sem pretexto; os que creem descobrir
a pólvora em seus versos balbuciantes;
os contestatários automáticos e os poetas-pornô;
os que semeiam grandes nomes pela densa
fronde de seus poemas, como Joãozinho e Maria jogavam
migalhas; os que erguem em sua voz
ausente as caretas de uma infância lobotomizada;
os poetas bonitos e felizes, teimosos;
as tribos urbanas e os groupies da poesia adolescente;
os poetas pop e os rock stars do verso; os videopoetas e performers;
os ovni-poetas, alados ou rastejantes, identificados;
os objetivistas sem objeto
nem vista; os que exigem que o poema
vista-se de mendigo; os poetas filósofos;
e os cultores convictos
da “prosa poética”. O amor,
que movimenta o sol e os demais poetas,
leva-os até o derradeiro paroxismo: transforma-os
em terra, em fumaça, em sombra, em pó, etcétera:
em pó enamorado. E se acontece
ainda que dentre eles
amem-se amorosos os poetas pares,
felizes em seu amor solar sem escansão,
como se fossem na verdade, um para o outro,
um buraco negro de opiniões nebulosas,
palmadinhas tácitas nas costas e comentários de passagem,
anões, esfriando-se, absorvem-se mutuamente
e desaparecem.
(tradução de Ricardo Domeneck)
Lo que el amor les hace a los poetas (Ezequiel Zaidenwerg)
Lo que el amor les hace a los poetas (Ezequiel Zaidenwerg)
// no es trágico: es atroz. Les sobreviene / una luctuosa ruina a
los poetas que el amor captura, / sin importar su orientación o identidad /
poética. El amor lleva al total desastre / de la uniformidad a los poetas gay,
/ a los poetas pansexuales y bisiestos, / y a las poetas y poetrices feministas,
fementidas o veraces; / a los obsesionados con el género / y a los degenerados
por igual, y a los perversos polimorfos: / y hasta los fetichistas de los pies
/ del verso capitulan a las plantas del amor, / que no distingue ideología, /
programa ni poética. A los vates de la torre de marfil / los precipita del
penthouse ebúrneo directo a planta baja. A los apóstoles / del Zeitgeist, que
proclaman sin empacho que la lírica está muerta, / les permite insistir en el
error / y en sus prolijas parrafadas. Les produce una hemorragia palatal / a
los que comban parcos aforismos diagonales, / a los herméticos de lata, a los
que envasan / sus versos al vacío, a los falsarios del silencio, / y a los que
fraguan haikus castellanos / al itálico modo. A los puristas de la voz les
corta en seco / su dulce lamentar, y a los maniáticos del ritmo / les quiebra
las falanges, y estropea / el íntimo metrónomo que llevan junto al corazón /
para marcar el paso de sus versos. Les compone el sensorio / a los videntes y
malditos y demás / rebeldes e insurrectos sin razón ni causa / poética, y les
cura el desarreglo razonado / de todos los sentidos. Desaloja de su noche
oscura / a los que piden luz para el poema / en las cavernas del sentido, y los
devuelve sin escalas / a la trasnoche de la carne literal. Lo que el amor / les
hace a los poetas, con paciencia y mansedumbre, / mientras las mariposas
lentamente les ulceran el estómago / y el páncreas poco a poco deja de
funcionar, / es harto inconveniente. A los que buscan con ahínco / y precisión
de cirujano la palabra justa les arruina / el pulso, y en lugar de dar la vida,
la aniquilan en su afán. / Y a los que con ardor y devoción persiguen / un
absoluto en el poema, como un grial / todo de luz, tirante, diáfana y febril, /
les nubla las certezas, y el deseo mismo / de saciar su ansiedad. Lo que el
amor / les hace a los poetas, inadvertidamente, / mientras cosen y cantan y se
atoran de perdices, es agudo, terminal / y fulminante. Es un torrente
arrollador / de prosa, que espolea y multiplica, en progresión exponencial, / a
los zopencos y palurdos de la poesía: / a los que cortan sin razón sus versos
diminutos; / a los jinetes compulsivos; / a los diseñadores tipográficos del
verso; / a los que quiebran la sintaxis sin saber / torcerla; a los que
escarban en el / éter a la busca de inauditos neologismos inaudibles; / a los
modernos sin pretexto; a los que creen descubrir / la pólvora en sus versos
balbucientes; / a los contestatarios automáticos y a los porno-poetas; / a los
que sueltan grandes nombres por la densa / fronda de sus poemas, como Hansel y
Gretel arrojaban / migas; a los que impostan en su voz / vacante los mohines de
una infancia lobotomizada; / a los poetas bellos y felices, caprichosos; / a
las tribus urbanas y los groupies de la poesía pubescente; / a los poetas pop y
los rockstars del verso; a los videopoetas y performers; / a los ovni-poetas,
voladores o rastreros, identificados; / a los objetivistas sin objeto / ni
vista; a los que exigen que el poema / se vista de mendigo; a los filósofos
poetas; / y a los cultores convencidos / de la “prosa poética”. El amor, / que
mueve el sol y a los demás poetas, / los lleva hasta el postrero paroxismo: los
convierte / en tierra, en humo, en sombra, en polvo, etcétera: / en polvo enamorado.
/ Y si resulta todavía que entre ellos / se aman amorosos los poetas pares, /
felices en su amor solar sin escansión, / como si fueran en verdad el uno para
el otro / un agujero negro de opiniones nebulosas, / tácitas palmaditas en la
espalda y comentarios al pasar, / enanos, enfriándose, se absorben entre sí / y
desaparecen.
Ezequiel Zaidenwerg por Valentina Siniego
Fragmentos de una entrevista de Daniel Saldaña París
El lugar común de la poesía argentina reciente es que es coloquialista, arrabalera, antisolemne... Desmiéntelo.
No sé si podría desmentirlo. Lo cierto es que hay una idea de la poesía argentina que tiene que ver con la llamada generación del 90 que efectivamente parte de la desacralización de la lírica. De hecho hay un célebre aserto de un poeta que se llama Alejandro Rubio que dice que la lírica está muerta, y que existiendo la televisión por cable a quién le puede interesar hoy escuchar las penas de un joven dolido de amor. Ahora bien, la poesía de los 90 es más compleja que eso: hay una serie de autores que no se limitan al realismo sucio o a la cumbia (...) No se podría decir que toda la poesía argentina de los 90 es antiacadémica, antisolene, antirretórica. Sí hay una idea muy fuerte de repudio a la retórica; lo que pasa es que eso es fuertemente retórico también.
Lo que vos me decís es bastante apropiado y describe bien el grueso de la poesía argentina escrita durante los últimos diez o quince años, pero lo que veo en los autores que están escribiendo ahora es que hay un regreso a la lírica, aunque quizás no a la lírica entendida en términos tradicionales. Y bueno, técnicamente la poesía argentina da la espalda al metro, a la rima y a todo el arsenal retórico que estamos acostumbrados a ver en los poetas mexicanos; aunque no sé si también en los más jóvenes...
En tu poesía al menos sí advierto un interés en el metro y las formas fijas...
Sí, todos los versos están medidos. Quizás en ese libro que vos tenés en la mano [Doxa, ed. Vox, 2008] hay algunas pifias porque lo escribí a los 21 o 22 años y todavía estaba aprendiendo, pero yo no escribo ni traduzco nada sin metro; me parece importante. La poesía argentina suele ser muy sorda, no le presta atención a eso. No creo que un poema sea bueno por tener ritmo, pero ciertamente ayuda. Es muy difícil tener algo para decir, y si tenés algo para decir mejor decirlo bien, me parece.
Ahora al revés: ¿Cuál dirías que es el lugar común de la poesía mexicana, vista desde Argentina?
Bueno, la Argentina es un país bastante ciego al exterior. La poesía argentina joven, digamos, mira más al modernismo de Estados Unidos que a la poesía latinoamericana. El problema de los poetas argentinos –y acá voy a seguir rompiendo lanzas– es que no leen poesía, no tienen un interés particular por la tradición. Qué sé yo: no conocen a San Juan de la Cruz. Qué podemos esperar que conozcan de la poesía mexicana si no conocen a San Juan de la Cruz... Pero en general el lugar común sobre México es que hay una poesía muy retorizada y muy preocupada por el buen decir. Aunque los poetas jóvenes que yo he leído no me dan esa impresión. Hay poetas mexicanos que me fascinan, y yo no tengo miedo a la retórica, para nada. Me encanta el modernismo, me encantan los Contemporáneos, etc.
¿Qué tanto se refleja en tu poesía aquello que aprendes en el ejercicio de la traducción?
Lo último que estoy haciendo tiene mucho que ver con la traducción, y tiene que ver con una liberación, con ser menos ambicioso, escribir más y divertirme más. Me tomo a mí mismo menos en serio, y creo que el blog es un lugar en el que puedo soltar la mano: trabajo muy rápido y lo hago para divertirme. Digo, me importa hacerlo bien, pero no es que yo esté obsesionado con una palabra durante diez días. Un poema me siento y lo traduzco en diez minutos, no pasa de eso. La traducción es como una convivencia amistosa, no hay una lucha. Es como sentarse a tocar el piano: vos tenés la partitura delante y sale solo. Con un poema propio no, porque bueno, uno tiene que hacer la partitura y eso es más difícil.
¿El formato del blog y las sugerencias que te hacen los lectores modifican en algo tus traducciones?
A veces sí, a veces me equivoco y me dicen "mirá, esto es ripioso, mirá, esta palabra no me parece", y varias veces cambio cosas, por supuesto. El formato blog es muy bueno porque permite, sin una inversión de dinero, llegar a otra gente. La verdad es que estoy muy agradecido, porque yo estoy acá por eso. Fui invitado por una universidad estadounidense por el blog, y después me dieron una especie de beca para ir allá y después estoy aquí en México.
¿Todo gracias al blog?
Sí, jamás publiqué un libro de traducciones. Publiqué traducciones en varias revistas, pero la verdad es que el blog fue una gran inversión, y es algo que a mí me pone muy contento y me motiva a hacer. Me gusta traducir: siempre me fascinaron las distintas versiones de la misma cosa, como escuchar covers del mismo tema.
¿Con qué autor de los que has traducido sientes que has entablado una relación más intensa?
Mirá, no me interesa mucho la idea de autor a la hora de traducir. Traduzco poemas que me gustan y me relaciono mucho más con un poema que me diga algo que con un autor. Creo que tendría un problema si tuviera que traducir un libro entero de un mismo autor. Si bien por supuesto no todos los poemas que están traducidos en el blog me gustan; hay unos que de hecho me parecen malísimos, pero los pongo por muchos motivos: como una broma o porque sé que a ciertos lectores les puede interesar y quiero ver qué comentan.
¿Y las canciones pop que traduces de pronto?
Las canciones pop son en principio una cosa mercadotécnica, como para tratar de atraer un público que no tenga que ver con la poesía. Y funcionó. Por supuesto sería necio pensar que lo hago solamente para que me lean: me gusta mucho el rock y me gusta darle una dignidad a esas canciones que, despojadas de la música, realmente se caen a pedazos. De alguna manera utilizo la traducción como una especie de prótesis rítmica... Y por otra parte también lo hago como un gesto político: está toda esa poesía cuya misión sería algo así como "destruir" la poesía... yo trato de hacer lo contrario: en vez meter la poesía a los filtros de la cultura pop, trato de someter el pop a los filtros de la poesía más tradicional
¿Están también en metros clásicos esas traducciones?
Todo, sí; no hago nada que no esté con metro. Incluso a veces forzando: traduje un poema de Levertov y un amigo me criticaba que hubiera hecho en endecasílabos un poema que está todo en verso libre... pero bueno, yo me imagino la traducción de poesía como si hubiera una suerte de cielo platónico de los poemas donde éstos existieran como formas puras, desencarnadas de su actualización lingüística. El trabajo del traductor de poesía sería ver esas formas y adaptarlas a las condiciones de producción de la lengua, por decirlo así, y del contexto en el cual se hace la traducción. En general creo que esa es la única idea que me rige para traducir: pensar que esos poemas son una forma pura en un cielo poético más allá de nuestra percepción inmediata... Pero bueno, tengo una idea bastante religiosa de la poesía y de la vida en general (Risas)
En México la validación del Estado tiene un papel importante en la "consolidación social del poeta", gracias a las becas, los premios, el arropamiento en general. ¿Cómo funciona en Argentina?
La soledad del poeta es absoluta. No hay ningún tipo de estímulo, los poetas tienen que trabajar en otras cosas...y no sé hasta qué punto eso no es enriquecedor también. De todas maneras, a mí me encantaría tener apoyos, poder levantarme en la mañana y que me digan :"tenés tanta plata para traducir poemas". Pero bueno, también estar en una situación de crisis permanente es productivo para la escritura en algún punto. Al final uno está solo con el poema y tampoco importa mucho lo que piensen los otros.
¿Tú te sientes parte de ese regreso a la lírica del que hablabas?
Yo no me siento parte de nada, yo sólo trato de hacer mis poemas. No sé, me parece que en realidad a nadie le importa nada de lo que uno hace. Hay que tratar de seguir haciendo. Todo eso de ser parte de un movimiento y de una generación es algo que construyen otras personas.
Ezequiel Zaidenwerg (Buenos Aires, 1981) é um excelente poeta e tradutor. Publicou Doxa (2008)
Ricardo Domeneck ( 4 de Julho, 1977) é poeta e tradutor. Publicou Carta aos anfíbios (2005) , a cadela sem Logos (2007) Sons: Arranjo: Garganta (2009) Cigarros na cama (2011).
Mais leituras:
http://zaidenwerg.blogspot.com.ar/
http://ricardo-domeneck.blogspot.com.ar
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