quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Da série poemas de dezembro - II

DESTINO DO POETA

Palavras ? Sim. De ar
e perdidas no ar.
Deixa que eu me perca entre palavras,
deixa que eu seja o ar entre esses lábios,
um sopro erramundo sem contornos,
breve aroma que no ar se desvanece.

Também a luz em si mesma se perde.


Octavio Paz, México. (1922-1998)

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