sábado, 17 de dezembro de 2011

Da série melancolias

Minha língua tem de
errar
como as palavras
que digo
como as cores
que desboto
como o vestido
em que me
dispo.
Minha língua tem de
se perder
por onde não me
procuro
e por onde
me embaça
de calor
a pele
com que me
visto.

2 comentários:

  1. Um verdadeiro labirinto que a língua tem que percorrer para encontrar sua forma de expressão,
    e para isso há que despir-se de certas vestimentas, que só ocultam a saída!

    beijoss

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  2. belíssimo alinhar de línguas que sobremaneira são a expressão da palavra no poema. Sublime sem dúvida!

    beijos daqui

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