domingo, 17 de novembro de 2013

A visita

 
 
 
Como faço todas as tardes, tomei um banho, botei um vestido bem leve, me maquiei, passei perfume, ajeitei os cabelos com gel, fui até a sala, chamei um taxi, descí no elevador, cumprimentei o porteiro, peguei o taxi; dei a volta no quarteirão, saltei, tornei a cumprimentar o porteiro, subí no elevador, parei em frente à porta e toquei a campaínha.
Ninguém abriu. Insistí, uma, duas, três, quatro vezes.
 Nada. Não adianta. Não estou. E fico aqui parada, diante da porta, na dúvida: deixo um bilhete para mim?
 
 
Haiconto de Alice Barreira, Barura(Amapá)
 extraído de http://cesarcar.blogspot.com/

3 comentários:

  1. Lindo!

    à procura do eu!... Uma tarefa sem fim.

    Beijo

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  2. Pobre Alice, doidinha da silva. Também, pudera, o Cesar a despachou pro Amapá!

    Beijos, Cirandeira

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