quinta-feira, 16 de maio de 2013

O sol e o frio




Antes dos joelhos e das palmas das mãos sangrarem e dela me perguntar por que você confia tanto nas pessoas, o sol e o frio testemunhavam a hora em que ela colocou-me em cima do muro alto, tão mais alto que o meu corpo, um céu vertical sobre a minha infância, um passo para uma queda, a minha queda  encorajada pelas palavras dela, ei, Helena, deixa de ser medrosa, fica de pé, te equilibra; palavras irrecusáveis, como se eu tivesse escolha a não ser obedecer, eu que desejava tanto agradá-la, conquistá-la, querendo ser  afeto e  bailarina na ponta dos pés, eu que acreditava em sorrisos iguais aos dela enquanto me dizia pula, menina.        

6 comentários:

  1. tão fio estes desafios que irrompem,

    beijooo

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  2. Desafio às vezes não pode ser cumprido...

    Beijo.

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  3. É sempre bom ler esta moça, ainda que seja de caju em caju agora...
    beijos,

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  4. De caju em caju... Tão gostoso quanto o texto e a saudade que estou matando das suas letras.

    Beijo, amiga!

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  5. [a força das palavras irrecusáveis
    e os silêncios que entre elas se revelam

    em breves embalos do tempo,
    daquele tempo que nos permanece.]

    um imenso abraço,

    Lb

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