sexta-feira, 1 de julho de 2011
Travessias
O tempo dentro do ventre das horas desengarrafa a água coagulada de esperas e abre as pálpebras das palavras inquietas. Sorvidas em grãos de ideias e semeadas pelo corpo dos verbos, as palavras giram os átimos escondidos nos ponteiros da mente e ordenam aos silêncios que calem-se à margem dos tique e taques das travessias. E as vozes, então, mergulham em piscinas carregadas de dor e de melodias e dilatam-se em ecos e pupilas, derrubando as frases como quem derruba a mobílias e arranha a ofensas já traumatizadas pela verticalidade de tantas letras despudoradas e sem pingos de tintas.
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A composição da imagem ficou muito bem!
ResponderExcluirCarinhosamente venho desejar um lindo e feliz final de semana .
ResponderExcluirQuanto a postagem é lendo que cada dia aprendo um pouco mais.
Um beijo no coração,Evanir.