quinta-feira, 14 de abril de 2011

A Partida


A Partida


Madrugada perdida, elo perdido.
E eu, vazio, vagando vagava vago.

Pessoas vão e voltam.
Vultos vão e voltam perdidos.
Nas sombras descansam mendigos.

A chuva me caía, tranquila.
Me lavava, nuvens nos velavam.
Me levavam...

Os passos, já não tem pressa, são tranquilos, tristes;
E não seguem caminhos distintos, me seguem.
...em silêncio.
Mas, esta vala só vale a mim.
O escuro vestiu a todos,
mas é a mim que a cova aguarda.

Velam, no vale, em volta da vala, meu corpo.

Enfim, uma flor de cravo desprende das mãos de meu filho,
e crava em meu peito a Verdade.
Então, meu corpo caiu pesado na terra molhada...

...e na fria lápide estava escrito meu nome.

Alexandre Pedro
Meu Blog: http://carceredoser.blogspot.com/


***Este poema tem seus DIREITOS AUTORAIS registrados na Biblioteca Nacional. Reprodução somente possível com pré autorização do autor, Alexandre N. Pedro.
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