"...Se há
esperança para recordar, você segue em frente. Se você tem alguém para compartilhá-la e andar
junto, para dizer, sim, essa é a nossa trincheira, essa é a nossa tábua a mar
aberto, seja de um mar salgado ou de invisibilidades, você se ultrapassa e vai
além da rotina complexa de uma relação virtual; você retorna às papelarias em
busca de canetas e de papéis perfumados; você retoma a sua caligrafia
substituída pela monotonia do teclado; você compra livros duplicados e corre ao
correio; você aprende a formar um fundo para erguer um chão e um telhado para a
sua futura casa; você muda e muda para potencializar o melhor de si..."
"... Então,
como se pingassem cores em minha brancura e cantasse um arco-íris sob o chuveiro,
ouvi Mauro batendo na porta quando eu estava ainda ensaboada. Sem lembrar ao
menos de me enrolar em uma toalha e ainda com um pouco de óleo e água
escorrendo pelo corpo, corri para abri-la. Ele ficou um instante paralisado, mirando-me
de cima a baixo, e, depois de um tempo que me pareceu infindável, falou: tinha certeza de que você estaria nua, ou pensei ter ouvido tinha certeza de que você estaria nua em
meio à sensação de familiaridade com aquele homem, em um sentido literal, ainda
estranho. O meu desconhecido íntimo deveria estar chegando aos cinquenta anos,
na curva perigosa dos cinquenta anos, de Drummond, derrapando charme..."
ResponderExcluirOlha só que provocação: trecho envolvente que desperta na gente a vontade de ler. Me aguarde! :-)
Beijos,
Meus olhos estão coçando tanto!
ResponderExcluirPor que será, Lelena?
Não vejo a hora de ler o teu livro :)
beijosss
Promete, promete muito, como seria de esperar...
ResponderExcluir(Esse livro estará à venda onde?)
Beijo :)
em esperas e tudo já fluindo
ResponderExcluirbeijoooos
E o suspenso é que nos deixa assim: O que será que vai acontecer? Vou pagar pra ver... Ou melhor: Vou comprar... Muito bom!!!
ResponderExcluirValdenir Cunha da Silva
Beijos querida,
no teu coração.