Se ela tivesse uma bola de cristal, talvez não tivesse feito previsões tão corretas sobre o que aconteceria a seguir, quanto as palavras que disse a ele naquela noite. Sim, ela sabia que todas as declarações e promessas eram, mais uma vez, palavras jogadas ao vento. Por mais diferentes que parecessem.
Mas eram dias que antecediam o ano novo. Dias que antecediam as promessas de renovação.... por que não? Por que não dar uma chance para o destino mal resolvido, para o acaso tão injusto, para o amor tão cego?
Por que algumas coisas, nunca mudam, pensou ela. Por mais que se deseje. Enquanto pensava isso, jogava pedrinhas pelo caminho. As pedras que queria deixar para trás...
Anos novos, mesmo que no imaginário podem, sim, trazer novas definições. E uma das decisões dela, era a de encerrar, definitivamente, esse ciclo. Se não podia deixar de amar, podia ao menos aceitar isso. E finalmente lidar com esse fato. Entender que nada, jamais mudaria, se ela não deixasse de ser conivente.
Então, ela agradeceu ao ano que começaria. E pensou que fazer diferente, só dependia dela. E que talvez, essa fosse a parte mais difícil.
...Ou a mais fácil.
Feliz 2014!
Feliz todo! Feliz tudo!
ResponderExcluir