Eu considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de suas cores; é um luxo imperial. Mas andei lendo livros, e descobri que aquelas cores todas não existem na pena do pavão. Não há pigmentos. O que há são minúsculas bolhas d'água em que a luz se fragmenta, como em um prisma. O pavão é um arco-íris de plumas. Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com o mínimo de elementos. De água e luz ele faz seu esplendor; seu grande mistério é a simplicidade. Considerei, por fim, que assim é o amor, oh! minha amada; de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira em mim existem apenas meus olhos recebendo a luz de teu olhar. Ele me cobre de glórias e me faz magnífico.
ah, o rubem braga...
ResponderExcluirse com ele uma folha seca se transforma num desfile de carnaval, o que dizer do pavão, cirandeira?
meu ídolo.
beijo procê.
r.
CORPO
ResponderExcluira simplicidade
surge com a ideia
e continua
despindo
toda a ideia
até se ver o corpo
Assim
IDEIA
o corpo vem
da palavra dita
assim tida
belamente
despida
corpo exposto
Mim