segunda-feira, 31 de maio de 2010
Lamento de lobisomen
Dói a lua cheia
dói a lua,
aonde alumbra, alumbra e queima
queima a lúa.
Não há quiçá um alguém ou uma alguma
que abra-te cheia ou que apague-te lua?
Entanto tempo-me e contemplo-te
mais do que tento-me, contenho-me.
Dói a lua cheia
dói a lua
dói a lua cheia
sobre o cimento.
Caminho apenas
com passo lento
buscando que..
mas não há um alguém ou uma alguma
que invente-me hoje
que invente-me lua.
Dói a lua cheia
dói a lua
aonde alumbra
alumbra e queima.
Que imã a lua!
(29-03-1988)
LUANDINO
Do tempo que se faz a infância
Bainhas brancas lambendo a areia
Azul de olhos e azul de céu
Colos perfeitos como conchas
E havia um tempo em que eu cabia dentro desse tempo
Mãe era palavra quase única
e baloiços camas de embalar
Havia um tempo de acácias e de mar
Atrevido e doce como criança
Que cresceu, mas que ainda me acorda pelas manhas da vida
Solta as bainhas dos vestidos
Morde-me a languidez e pega-me pela mão
Rouba-me beijos e enrola-me os cabelos
Cheira a bocas vermelhas e a tenros arrozais
E diz-me menina e eu sei
Porque só eu sei que …
…houve um tempo de acácias e de mar.
domingo, 30 de maio de 2010
Entre Dois Desejos
SORRISOS CONGELADOS
SÓ CLARICE...
Rovos Rail - Orgulho da África
http://www.rovos.com/
Eu me perdi
MEDO DO INVERNO
Luis Dill, Lâmina cega
Pressão imaginária
Ele tem uma ducha adorável. Esquenta de verdade, mesmo com grande volume de água. A de Beatriz faz o banho parecer uma sessão de tortura. Lembro de ter mencionado o fato uma única vez e a resposta foi seca, objetiva, lógica.Água fria faz bem para a circulação, guri. Não percebi nenhuma melhora em minha circulação sanguínea tomando banhos mornos no inverno.
Ele tem tipos diferentes de xampu. Coisas como neutro, anticaspa, três em um, algas, condicionador,creme não sei do quê. Não entendo tanta variedade, não para um sujeito com tão poucos cabelos. Também não entendo minha burrice. Como consegui ser idiota a ponto de aceitar o convite do cara? Como é que não percebi logo qual era a jogada? Vontade de falar? Mesmo a um anônimo? Homossexualismo? Talvez eu seja homossexual e não saiba. Deixa eu ver o teu, Carlos. Pra quê? O teu é menor que o meu, aposto. (...)
(...) Olho pela janela. A cidade parece incrivelmente bonita e distante de mim. Estou no oitavo andar de um prédio, as mãos sujas de sangue, bebendo Pepsi sem medo de que algum vizinho bisbilhoteiro esteja me olhando.
Sou invencível.
O telefone toca. Experimento um breve susto. É rápido. Facilmente controlável. Num impulso que quase me faz rir, atendo.
–Alô?- a voz de um homem.
_ Sim?
_ O Júlio está?
Olho para o homem estrangulado. Atirado, nu, morto. Chega a ser divertido.
_ Está.
_ Gostaria de falar com ele.
_ Ele não pode atender agora.
_ e não
- e não
_ Como não?
_ Bom, ele simplesmente não tem condições de atender no momento
_Mas-
_ Quer deixar recado?
_Quem está no aparelho?
_ Carlos.
_ Carlos do quê?
_Carlos Alberto.
_Pois diz pro Júlio que é importante. Aqui quem fala é o Dirnei. E ele sabe muito em quem é.
_Aposto que sabe, sim.
_ Então. Agora me bota ele na linha, por obséquio.
_ Já disse. Ele não pode atender.
Estos son algunos trechos del cuarto capítulo de Lâmina cega, una atrapante novela de Luis Dill, editada por Walmor Santos. Los comparto porque el autor, que es sobradamente conocido, merece seguir siéndolo. A veces hay tal sobreabundancia de experimentación narrativa, que miramos, con renovado amor, a Dickens, a Balzac, a Tolstoy, a Castelo Branco. Luis Dill comparte con ellos un requisito que el lector común agradece: que nos cuenten una historia.
¿Será mucho pedir?
Inventando - Reinventando
Com amor e carinho,
http://silminhacolchaderetalhos.blogspot.com/
Sílvia
Uma Marrilyn em mim
sábado, 29 de maio de 2010
CAMPANHA!
Sorriso faz bem!
Significâncias
A PROPÓSITO DE POVOS E IDIOMAS
De lá para cá fui à Europa praticamente todos os anos, às vezes mais de uma vez, e na maior parte delas à França, país onde desenvolvo um trabalho na área de curadorias de arte.
À Alemanha fui duas vezes, a primeira pouco depois da queda do muro de Berlim, e a segunda uns dois anos depois. Eu não falava nada de alemão, eu nem sequer sabia interpretar um aviso básico do tipo: horário de trens. Cardápio de restaurante, por exemplo, nem pensar em entender. O dedo indicador apontava diretamente para o termo culinário que me parecia mais esteticamente composto, o garçom fazia um gesto de compreensão com a cabeça, e fosse o que Deus quisesse.
Por isso, claro que a questão do conhecimento dos idiomas de outros países, em todas estas viagens, assumiu importância crucial, pois não há pior sensação de impotência do que a falta de comunicação humana ( em todos os sentidos, é claro, mas aqui refiro-me à que trata da falta de uma mínima capacidade na comunicação ). Assim, aprendi desde jovem, quando residi nos USA, o inglês e o espanhol, e depois, quando tinha 30 anos, enveredei pelo francês, língua da qual não conhecia nenhuma expressão sequer, além de merci et au revoir, e que passou a ser a do meu coração, ma langue preferée. Aos cinquenta e poucos, cursei italiano até alcançar proficiência no idioma.
Então, diante de um novo vazio filológico, me perguntei qual seria a próxima língua que poderia aprender. Considerando aqui e ali, sem esquecer o russo, optei pelo alemão, língua temida desde sempre, não obstante a descendência germânica por parte de minha avó paterna, Carolina Kramer.
O incentivo ao aprendizado do alemão veio, entretanto, a partir de dois episódios muito interessantes pelos quais passei.
Estando uma vez numa loja de departamento em Munique, vi uma belíssima camisa azul em liquidação, e como não sabia de qual tamanho comprá-la - porque estas medidas variam de lugar para lugar -, dirigi-me a um sisudo senhor que me pareceu ser o gerente do departamento. Aproximei-me dele depois de longas observações visuais estrategicamente coordenadas que me asseguraram de sua posição de um interlocutor possível, e perguntei-lhe: - Please, could you..., e antes que pudesse concluir com o help me, o sujeito, dono de uma grosseria tão atroz quanto um balde d’água gelada que se joga à cabeça de alguém numa madrugada de inverno, respondeu-me com um grunhido estúpido:
- NEIN !!!
Eu fiquei impressionado com aquela experiência insólita, mas depois de me recompor do choque consegui comprar a camisa com o auxílio de uma gentil funcionária que se comunicou comigo através de gestos amigáveis, todos em alemão.
Tomando uma Autobahn ( que em alemão significa estrada ) em meu caminho rumo a Praga, sem conhecer nada do idioma, eu via a cada cinco quilômetros uma placa que anunciava : AUSGANG. E me exclamava: - puta merda, que cidade grande deve ser AUSGANG, pois não param de aparecer tantos acessos a ela... Alguns quilômetros depois, percebendo que aquilo não era normal, pois eu já tinha viajado por Los Angeles, a mais longa cidade do mundo, e nunca tinha visto tantos acessos assim, lembrei vagamente que a raiz AUS traz o significado de fora, saída, lado externo, etc., e que, então, as tais placas deveriam na verdade anunciar uma saída opcional a qualquer lugar. Ademais, contribuiu para tal conclusão o meu razoável conhecimento geográfico sobre Los Angeles.
Foi assim, por estes episódios isolados, além da proximidade que hoje a idade me liga ao Ahlzeimer, com quem deverei me comunicar, foi assim que decidi aprender alemão.
Logo no terceiro semestre do curso no Instituto Goethe, imaginei que poderia começar a ler um pouco em alemão, o que de fato foi possível já com o conhecimento básico que me proporcionou aquela instituição a que eu chamo “escola de excelência”. Na Biblioteca do Goethe, retirei um pequeno livrinho - destes para crianças de dozes anos - da série Felix & Theo, e com o auxílio de um dicionário que hoje como um braço anda grudado em meu corpo onde quer que eu vá, comecei a ler uma das interessantes historias sobre Helmut Müller, Privatdetektiv. Em certo ponto de uma delas, Helmut, que é um detetive privado, encontra em seu vôo de Dusseldorf a Berlim uma moça bonita que senta ao seu lado na aeronave. Conversam socialmente, o avião aterrissa, e, enfim, despedem-se na esteira das bagagens do aeroporto.
A gente sente, mesmo lendo em alemão num nível básico do aprendizado do idioma, que naquela despedida prematura fica alguma coisa no ar; quem sabe um dia..., sonha Müller, o detetive. E eis que, ao acaso, Helmut e a moça se reencontram pouco depois na hora do check-in no balcão do mesmo hotel onde se hospedam. É claro que a conversa brutalmente interrompida na esteira das bagagens do aeroporto é retomada, desta vez com entusiasmada esperança de algum “reencontro”, pelo menos da parte de Helmut. Ele gentilmente convida a moça para jantar naquela noite, ela aceita sem relutância, eles vão ao restaurante, tomam um bom vinho num ambiente de sedução velada, e depois, já tarde, voltam ao hotel, onde se despedem. Cada um vai para o seu quarto, porque as coisas não são tão soltas como se pode pensar, pelo menos nestes livrinhos para crianças de doze anos.
Todos estes detalhes, tim-tim por tim-tim, a gente fica emocionado em ler em qualquer idioma, imaginem em alemão, língua que até há pouco não se conhecia, tão difícil e aparentemente inacessível, sabe lá quando vamos encontrar uma cara-metade na Alemanha, assim como o detetive Müller sonha ? Até que, para expressar os felizes sentimentos de Muller, o autor do livro apresenta um advérbio de modo: zufrieden. Ele escreve que Muller ist sehr zufrieden. E nesta inocência de leitor neófito da língua de Schüller, fico tomado de espanto: zufrieden ? Como poderia Helmut estar sofrido depois de emocionante e inesperado idílio ? Mas, não dá para acreditar no que estou lendo ! A professora do Goethe tinha ensinado que o importante é a compreensão geral do texto, e não da palavra em si. Mas não dá para resistir. Tomo o dicionário Langenscheidt e consulto o termo zufrieden. Ora, ora, o que ele significa ? Alívio, meus amigos, os alemães também têm sentimentos normais. Em alemão, zufrieden significa nada menos do que estar feliz, o verdadeiro sentimento de Helmut que já sonha em seu quarto de dormir, mas que a língua teuta não deixa transparecer assim tão facilmente, ao menos num lance tão rápido e óbvio. Este é o alemão com quem tenho passado os meus dias e dormido todas as noites. Ich bin sehr zufrieden !
sexta-feira, 28 de maio de 2010
"A VIDA SE ME É"
(...) como poderei dizer senão timidamente assim: a vida se me é. A vida se me é, e eu não entendo o que digo. E então adoro.
TIC...TAC...tic...tac...
"AH! OS RELÓGIOS Amigos, não consultem os relógios quando um dia eu me for de vossas vidas em seus fúteis problemas tão perdidas que até parecem mais uns necrológios... Porque o tempo é uma invenção da morte: não o conhece a vida - a verdadeira - em que basta um momento de poesia para nos dar a eternidade inteira. Inteira, sim, porque essa vida eterna somente por si mesma é dividida: não cabe, a cada qual, uma porção. E os Anjos entreolham-se espantados quando alguém - ao voltar a si da vida - acaso lhes indaga que horas são... "Mario Quintana - A Cor do Invisível.
"Batidas na porta da frente é o Tempo. Eu bebo um pouquinho prá ter argumento. Mas fico sem jeito, calada. Ele ri Ele zomba do quanto Eu chorei Porque sabe passar e Eu Não sei... Um dia azul de verão, sinto o vento. Há folhas no meu coração é o Tempo. Recordo um Amor que perdi, ele ri Diz que somos iguais, se Eu notei Pois Não sabe ficar e Eu também Não sei. E gira em volta de mim, sussurra que apaga os caminhos. Que amores terminam no escuro sozinhos Respondo que Ele aprisiona, Eu liberto Que Ele adormece as paixões, Eu desperto. E o Tempo se rói com inveja de mim Me vigia querendo aprender... Como Eu morro de Amor prá tentar reviver. No fundo é uma eterna criança que Não soube amadurecer. Eu posso, Ele não vai poder me esquecer... No fundo é uma eterna criança que não soube amadurecer. Eu posso, ele não vai poder me esquecer." Nana Caymi - Resposta ao Tempo.
"O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala. O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte". João Cabral de Melo Neto
"Analizando o tempo que decorre-se ante nossa consciência, nos reporta a contemplação do momento presente e o desabrochar único de uma flôr" Sibusca.
"TEMPO! O teempo paaassa, gritava o locutor O tempo passa depressa, filho, dizia meu pai. O tempo era ideal. Um tempo de ideais, bem antes Do tempo de descrença, na maturidade. Bom tempo, Tempo bom, mínima 18 máxima 24... "Roberto Queiroz
Tic...Tac..tic..tac...
Com amor e carinho,
Sílvia
É GENTE SUA?
Talvez o quadro fosse um pouco ousado para a pequena cidade dos anos 40, mas era lindo. A cigana com um batom vermelho, lenço na cabeça e um seio de fora, enquanto segurava um cigarro na mão, era agarrada por trás pelo vigoroso Sheik árabe. Que erotismo, que imaginação. Sem falar na perfeição do céu que se avistava ao fundo, do mais puro azul celeste.
As suas colegas do grupo escolar provavelmente não entendessem, mas sem dúvida ela era vanguarda e, seguramente, uma mecenas que sabia reconhecer uma grande obra de arte. Seu marido, talvez reclamasse, mas ela sabia como convencê-lo. Além do mais, o quadro ficaria soberbo junto à sala de estar, cujos móveis comprados na capital, eram em estilo colonial e com os acentos em veludo vermelho.
Sua cunhada que estava aprendendo pintura, também o achara uma maravilha, tanto que antes mesmo da compra, já o havia pedido emprestado para que pudesse realizar uma cópia.
Sim, o quadro ficaria magnífico em sua casa. Adoraria exibi-lo. Decidiu que tão logo retornasse faria um chá para suas colegas, onde discretamente mostraria a obra de arte.
Já na capital, colocou seu melhor vestido, par de luvas e chapéu, e rumou à galeria de arte. Tentou pechinchar, argumentando que era cliente antiga. Que já havia lhe comprado uma “Santa Ceia”, mas o marchand foi irredutível. Tratava-se de uma obra prima, feita em pequena quantidade e vendida somente para quem pudesse de fato valorizar o talento do artista. Nossa amante das artes não conseguiu resistir aos encantos da cigana, comprando a tão sonhada pintura sem pestanejar.
De volta a cidade, convidou sua colegas mais íntimas para o café da tarde no Sábado.
Colocou sua melhor toalha, bordada toda em ponto cruz, sua melhor louça, e pôs-se a fazer um delicioso bolo. Como se não bastasse, ofereceria rosquinhas, queijos, geléias, e deliciosos pãezinhos. O evento seria um sucesso.
Como a casa deveria estar impecável, pediu a Siá Maria, contratada apenas para grandes ocasiões, que viesse cedo lustrar o assoalho, limpar os vidros, tirar o pó dos móveis e lavar a calçada.
Siá Maria, pessoa de poucas luzes, ao deparar com a cigana ficou boquiaberta olhando fixamente para o quadro. Dona Aurora percebeu, ficando realizada pela reação da criada. Imagine o efeito que faria em suas colegas. Valera a pena.
Muito curiosa, Siá Maria perguntou:
- É gente sua?
Atônita nossa personagem respondeu:
- Não isso é uma obra de arte. Um nú artístico. A pintura de uma Cigana e um Sheike árabe.
- Ah...! Logo vi. Tão pelados!
Porto Alegre, 07 de outubro de 1998.
TERRA
Solidão de viajante no infinito negro
Minha casa, planeta riscado de luar
Amornando no sol de todos os dias
Continentes brilhando ao anoitecer
Rios espreguiçando-se à flor da pele
Vagueando no desejo de serem mar
Rugas estilhaçadas roçando os céus
Grandes oceanos fermentando vidas
Danças lentas, marcando os ritmos
Das noites suaves, dos dias verticais
Dos amanhãs flutuando nas brumas
Minha casa, planeta de impossíveis
Equador vincando norte e meridiões
Dividindo alucinações e maravilhas
Imbondeiros, cravados nas planícies
Gaviões imóveis em busca da presa
Pastores conduzindo gado e solidões
Brisas ondulando a quietude da tarde
Minha casa, planeta de muitas vozes
Semeada com sussurros tão desiguais
De guerreiros desafiando os destinos
E poetas tecendo as malhas do futuro.
GED
A vuvuzela
Pelo que percebi, a vuvuzela é uma corneta, utilizada pelos adeptos de futebol da África do Sul, desde os anos 90.
Por cá a vuvuzela começou a fazer sucesso devido a uma campanha publicitária, para apoiar a nossa selecção.
Segundo a Wikipédia : " Como forma de promover o apoio à Selecção para o Mundial de 2010, a Galp Energia teve a ideia de comerciar centenas de milhares de vuvuzelas nos seus postos de abastecimento nos meses que antecederam a competição. Mabhuti, estrela sul-africana especialista em tocar vuvuzela, veio a Portugal para ensinar a sua técnica e arte, tendo efectuado uma digressão associada à campanha Vamos lá Portugal. Vários jogadores da Selecção também aprenderam a tocar este típico instrumento africano, como forma de celebrarem a presença de Portugal no Mundial da África do Sul.
Apesar da grande campanha de marketing, esta nova "moda" incomoda já milhares de portugueses tornando-se, ao mesmo tempo, objecto sujeito a repúdio de muitos. Foi uma fraca iniciativa, face às bandeiras do Europeu de 2004."
Quanto ao repúdio não sei... O que sei é que não se conseguem encontrar vuvuzelas em lado nenhum, e ao menos estas não serão facilmente "achinesadas" como foram as nossas bandeiras, que perderam características essenciais com a fúria do marketing.
Eu gosto das vuvuzelas, gosto do som, que nos remete para o som do elefante, esse animal pacífico, mas de porte majestoso. Além disso como diz o ditado, em Roma sê romano e nunca se sabe o que África ainda nos pode reservar...
Enviado do meu BlackBerry® da tmn
Nomadismo
a alma de endereço,
(eu a abriguei nos olhos de agrimensor;
na boca que não estabiliza a língua;
nas mãos que padecem de insônia;
no coração afeito aos acampamentos;
nos pés cegos de estradas abertas
e em tantos satélites agregados em mim)
mas ainda assim, o correio do medo
sempre a alcança.
Sem Título - Lápis aquarelável e aquarela - Marcantonio
Outros endereços da minha alma aqui ou acolá
Abraços altamente fraternos!
quinta-feira, 27 de maio de 2010
SINTONIA FINA com Nelson Motta
PEQUENOS GRANDES ERROS
acessem: http://sintoniafina.uol.com.br/
MEU POETA!
"O café é tão grave, tão exclusivista, tão definitivo que não admite acompanhamento sólido. Mas eu o driblo, saboreando, junto com ele, o cheiro das torradas-na-manteiga que alguém pediu na mesa próxima." Mário Quintana
Com amor e carinho,
Sílvia
PS.: Para quem desejar ver e e ler a postagem para Mário Quintana:
http://www.silviacostardi.com/
Definições definitivas...
É muito melhor beber vinho e dizer umas merdas, do que beber umas merdas e não dizer nada.
Um pouco de fé
Eu, que de fé já não me alimento há muito, penso que apenas e afinal, ainda não perdi toda a ingenuidade na vigésima nona curva do caminho. Sem fé ou ébria dela espero, espero que o Natal se cumpra e o presente se abra.
Balão...
Pois é ... hoje estou com vontade de dar um balão em tudo ...
Beijos sinceros
Leca
EDGARDO GIORA
Carpi, Província de Modena, Região da Emilia-Romanha, Itália, 1923
Edgardo Giora faz parte daquele grupo de artistas virtuoses que preferem o silêncio e a distância dos holofotes. Veio da Itália em 1948 para trabalhar junto ao Grupo Matarazzo, instalando-se primeiramente nas Minas de Morretes, e depois na cidade de Porto Alegre, onde reside desde então. Jovem ainda, na Europa participou da II Guerra Mundial como soldado das Forças do Eixo, tendo sido pára-quedista especializado em missões de sabotagem. Geômetra de formação, aqui trabalhou como empreiteiro de obras, tendo exercido importante papel nas construções da atual Estação Rodoviária de Porto Alegre e do Planetário da UFRGS. Formou-se advogado por diletantismo e cursou, tardiamente, com seu filho Ítalo, também artista-escultor, o Ateliê Livre da Prefeitura. Como italiano e artista plástico, manteve estreita amizade com Aldo Locatelli, de quem sua pintura apresenta clara e forte influência. Especializou-se no retrato da figura humana, tendo realizado inúmeros trabalhos por encomenda, em especial para a IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE PORTO ALEGRE. Sua pintura de muita síntese, também nos temas paisagem e natureza-morta, apresenta a luminosidade dos impressionistas e a força de pinceladas nervosas como as de alguns expressionistas, lembrando em particular Oskar Kokoschka, artista a quem tanto sempre admirou. Sua última aparição pública deu-se no MARGS, em 2005, na exposição Anima Italiana cujo folder traz em sua capa uma magnífica obra do artista. Sou amigo íntimo do Giora, e como ele tem a idade de meu pai, é para mim um segundo pai, e também um irmão e também um filho. Estou fazendo a curadopria de uma mostra dele no Palácio da Vice-Governança do Estado, o Palacinho, com abertura na segunda-feira, dia 31 de maio, a partir das 18:30h, quando também será inaugurada a foto do ex-vice governador Antônio Holfeldt, homem de cultura e também caro amigo meu.
Virrey Gabriel de Avilés, la glásnot iluminista
En estos días de fasto genuino por el Bicentenario de
Algo es innegable: el conocimiento de nuestro pasado es deficiente. Tanto Guillermo Furlong S.J. como Sigfrido Radaelli, distinguidos historiadores del pasado rioplatense, esperan ser reeditados. Para ceñirnos a Radaelli, éste fue el editor-en 1945- de las Memorias de los virreyes del Río de
Los virreyes no estaban obsesionados por el aplauso universal, ni por campeonatos de fútbol, ni por ser París en Sudamérica, ni por la belleza de las argentinas, ni por ser los mejores del mundo. Eran saludablemente modestos y no ocultaban, en su rendición de cuentas, las dificultades o problemas por solucionar. Ya con este rasgo de transparencia institucional de rendir cuentas, hay bastante para pensar a la luz –o a la sombra- de nuestros días. Lisarda
Memoria del Virrey Avilés (1801)
Este es el segundo mando que tengo la satisfacción de entregar a V.E. cuya notoria ciencia gubernativa y política irá corrigiendo los errores que pueda haber cometido en los dos años y dos meses que he gobernado este virreynato (…)
Este virreynato de las Provincias del Río de
El alma de todos estos manejos, no es otra cosa que querer algunos hacendados dilatar sus posesiones a lo infinito, apoderándose con usurpación de aquellas pingües tierras que verdaderamente son de los indios (…)
A pesar de que estas remesas de víveres se preparan y verifican con las formalidades de estilo, no se debe confiar en el proceder de los proveedores, cuya codicia es horrorosa, según lo he observado durante mi gobierno (…)
Aunque parezca intempestivo, no puedo dejar de decir a V.E. que he visto en algún papel de los que versan en materia de indios, pretender que estos manifiesten documentos de propiedad de sus terrenos, cuando ellos tienen a su favor una posesión tan antigua, como lo es la población de estos reinos; y quienes, en competencia de estos naturales, deben manifestar legítimo título de dominio, son los españoles que litigan con ellos, pues no trajeron de España las tierras que ocupan, o pretenden (…)
Las cajas de Oruro están en miserable estado de confusión y desorden, que cada día se enreda más y mientras no se halle una persona de perfecta inteligencia en estos manejos, que sea de una pureza incorruptible, y que no sea fácil de seducir por otros atractivos, y a este se remita con toda la autoridad a separar a los que estorben, no se conseguirá otra cosa que la continuación del robo que está sufriendo la real hacienda y disensiones que de las parcialidades se han originado (…)
Nuestro Señor guarde a V.E. muchos años. Buenos-Ayres, 21 de Mayo de 1801.
QUE É DO LÁPIS SEM A COR?
seja lá aonde eu for.
Sempre chego demente...
para colorir, deixar diferente.
Abuso das leituras, faço releituras,
pensando bem, deixo pinturas.
Sagradas iluminuras,
como janelas de minh'alma,
a retratar as feminices do meu amor,
este, o que me acalma
e me cerca de humano calor...
Desta feita foi diferente,
pelo correio, o lápis foi na frente...
para ela desenhar e colorir nosso horizonte,
esse, ali defronte.
ORIGINALMENTE AQUI
Memorial Zé Rodrix
no SESC Pinheiros 26/05/2010
Com Sá & Guarabira e Tavito cantando "Mestre Jonas" e depois, Tavito cantando "Hoje é dia de Rock"
ELA E ELE
Cidades flutuantes brilham no escuro
No incessanto balanço dos mares e marés
As noites afundam-se no horizonte
Vapores liquidos estremecem o ar quente
Ela, bailarina ensaia passos de dança
Daqueles que já não se usam mais
Vestido de cetim azul pairando no ar
Os olhos dele enchem-se de pirilampos
Brilhando desejos de querer ousar
Sorriem-se
Em ondas de espuma e ventos mansos
E ela, e ele
São rios de muito encanto e alucinações
Descendo montanhas abruptas e planícies
Até serem apenas foz.
GED
O LÁPIS!
Há cinco qualidades nele que, se você conseguir mantê-las, será sempre uma pessoa em paz com o mundo.
Primeira qualidade: HUMILDA:
Você pode fazer grandes coisas, mas não deve esquecer nunca que existe uma Mão que guia seus passos. Esta mão nós chamamos de Deus Verdadeiro, e Ele deve sempre conduzi-lo em direção a Sua vontade.
Segunda qualidade: PERSEVERANÇA COM CONFIANÇA
De vez em quando eu preciso parar o que estou escrevendo, e usar o apontador. Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final, ele está mais afiado. Portanto, saiba suportar dores, porque elas o farão ser uma pessoa melhor.
Terceira qualidade: JUSTIÇA
O lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado.
Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos manter no caminho da justiça.
Quarta qualidade: DISCERNIMENTO
O que realmente importa no lápis, não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro.. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você..
Finalmente, a quinta qualidade do lápis: RESPONSABILIDADE
Ele sempre deixa uma marca. Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida, irá deixar traços, e procure ser consciente de cada ação.
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Do que nos faz falta
200 Anos de Argentina
As fotos da 'fiesta hermosa' na Avenida 9 de julio' são do Boston Globe.
Clique para ampliá-las.